“Acho melhor não”.
Saudações, leitoras e leitores!
Lembram que certa vez, quando comentei a respeito da minha leitura de A metamorfose, do Franz Kafka, que eu disse que o livro era extremamente chato?
Curiosamente, quando li Bartleby, o escrivão, me lembrei a todo tempo da história do Kafka. Mas a diferença é que o livro do Herman Melville (sim, o mesmo que escreveu Moby Dick) é muito mais legal, a história é bem mais envolvente. E pelo jeito não fui o único que achou as histórias parecidas, vista que no final da versão que li, havia um extenso texto comparando as duas obras.
Talvez a obra do Melville seja mais legal por seguir aquela sequencia que estamos adaptados, deixando o clímax para o final do livro, enquanto o livro de Kafka o ápice vem praticamente na primeira página, e como você não tem como saber disso, fica aquela esperança de algum momento mais forte na sequência, e este momento nunca vem.
Abaixo, alguns trechos da obra. Sim, eu sei que é ficção, mas são trechos que não revelam muito da história:
Não é raro que um homem, a quem se intimida de um modo sem precedentes, completamente insólito e irracional, comece a duvidar das suas crenças mais banais. Por mais estranho que isso possa parecer, ele começa a desconfiar que a justiça e a razão estejam do outro lado. Assim, se há pessoas imparciais presentes, recorre-se a elas, em busca de ajuda por causa de suas ideias titubeantes.
Nada irrita mais uma pessoa honesta do que a resistência passiva. Se o indivíduo ao qual se resiste não for desumano, e o que resiste, inofensivo, então o primeiro, com a maior boa vontade, vai se empenhar para que a sua imaginação construa com caridade aquilo que foi impossível resolver com a razão.
A felicidade procura a luz, por isso acreditamos que o mundo é alegre, mas a desgraça se esconde longe, por isso acreditamos que o sofrimento não existe.
É tão verdadeiro e ao mesmo tempo tão terrível o fato de que, ao vermos ou presenciarmos a miséria, os nossos melhores sentimentos são despertados até um certo ponto; mas, em certos casos especiais, não passam disso. Erram os que afirmam que é devido apenas ao egoísmo inerente ao coração humano. Na verdade, provém de uma certa impotência em remediar um mal excessivo e orgânico. Para uma pessoa sensível, a piedade é quase sempre uma dor. Quando afinal percebe que tal piedade não significa um socorro eficaz, o bom senso compele a alma a desvencilhar-se dela.
Eu podia dar esmolas ao seu corpo, mas o seu corpo não lhe doía; era a sua alma que sofria, e ela estava fora do meu alcance.
Uma das horas mais sensatas e serenas de um homem é quando ele acorda de manhã.
Além de outras considerações sublimes, a caridade age, por vezes, como um princípio muito sensato e prudente, uma garantia poderosa para quem a possui. Os homens cometem assassinatos por ciúme, raiva, ódio, egoísmo, orgulho, mas jamais ouvi falar de um homem que tenha cometido um crime diabólico por caridade.
Mas, como acontece com frequência, o atrito constante das mentes sovinas acaba por desgastar as melhores resoluções dos generosos.
Este livro maravilhoso está disponível na Amazon, no link abaixo:
BARTLEBY, O ESCRIVÃO – HERMAN MELVILLE
Se você ainda não tem o Kindle, pode baixar os aplicativos para PC, tablet ou smartphone neste link!
Você já leu este livro? Qual sua opinião sobre ele?
Até semana que vem, com mais um livro!
Gosta de ler? Assine o Kindle Unlimited e tenha acesso à milhões de livros por apenas
R$ 1,99 nos três primeiros meses! Ou assine o Amazon Prime e tenha acesso ao Prime Reading, onde pode alugar até 10 livros, revistas ou periódicos simultaneamente!
Para aprender mais sobre imóveis, compre meu livro:
Tijolos – Tudo o que você precisa saber antes de alugar, comprar, vender ou financiar um imóvel