
Sim, eu sei, já falei de colchão de segurança (também conhecida por reserva de emergência) várias vezes, talvez até mais do que eu gostaria. Só que vou falar de novo enquanto achar necessário. Às vezes é preciso insistir no óbvio.
O tempo todo vejo publicações nas redes sociais com as pessoas buscando o melhor rendimento para essa parte do seu dinheiro. Isso, na minha modesta opinião, é um erro. Como já escrevi em outros textos, o colchão de segurança não precisa de rentabilidade. Os critérios fundamentais para decidir onde mantê-la são basicamente dois: segurança e liquidez. Sobre isso você pode ler o texto abaixo:
Reserva de emergência não precisa de rentabilidade
Outro fato que também torna desnecessária a busca por rentabilidade no colchão de segurança é que, no longo prazo, ela vai ser apenas uma pequena fração do seu patrimônio. O quanto 1 ou 2% a mais de rendimento anual na dele vai impactar no seu portfolio, se ele representa apenas 5% ou menos dele? Simplesmente não faz sentido. É muito esforço e risco para pouca recompensa.
Além desses fatos, venho incluir mais um item que impacta muito mais o “rendimento” do seu colchão de segurança do que o lugar em que ele está investido. Imagine uma situação onde você precisa comprar alguma coisa, uma geladeira, por exemplo, já que a sua quebrou e não tem mais conserto. Você já reparou o desconto que consegue ter por pagar à vista?
É bem comum ter um desconto de pelo menos 5% no pagamento à vista. Só isso já é equivalente ao dobro da taxa Selic anual no momento que escrevo.
Ou seja, simplesmente por pagar no boleto, você já teve uma vantagem equivalente a dois ou três anos de “investimento” em CDB de banquinho endividado ou desconhecico. Para que arriscar tanto com um dinheiro pequeno, se você pode fazê-lo render bem mais simplesmente fazendo um bom uso dele quando necessário? Além disso, fica tranquilo por pagar à vista, resolvendo o problema de uma vez, sem carregar o parcelamento daquela compra por meses à fio.
Simplifique sua vida e deixa o colchão de segurança na poupança.
Abraço!
SUGESTÃO DE LEITURA
Vocês são Burros assim mesmo? – Bastter


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Fala VR.
Vejo isso o tempo todo também.
Muitas vezes, com o intuito de rentabilizar um pouco mais a reserva de emergência, as pessoas acabam ïmobilizando” a grana.
Tenho um amigo muito próximo que precisou cobrir despesas de um acidente em um feriadão, onde não tinha R$ 1 disponível, teve que passar no cartão de crédito. Sendo que pagando à vista, teria economizado quase 20%, se tivesse a grana na conta corrente ou poupança.
Eu, muitas vezes, deixo uma quantia na conta corrente mesmo, especialmente para passar finais de semana e feriados, pois sei que não conseguirei movimentar dinheiro de Tesouro Selic, por exemplo.
Grande abraço e parabéns pelo post educativo (ehhe). Parece óbvio, mas é necessário.
Stark.
http://www.acumuladorcompulsivo.com
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Valeu, Stark! Faz tempo que não aparece aqui. Volte mais vezes! Abraço!
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Sumi até do meu próprio blog rs… estava muito dedicado em lavar meu aplicativo de controle de investimentos. Agora que consegui, vou aparecer um pouco mais.
Grande abraço!!
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Opa, já lançou o app? Manda o link para eu baixar e fazer um review
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http://www.elevedigital.com.br 🙏🏼🙏🏼🙏🏼 Obrigado meu amigo!
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Fala Marcelo!
Nada como um lembrete amigável do Bastter pra dar a real na galera rsrs
Parece a princípio que estamos ensinando o padre a rezar a missa, mas com a quantidade de perguntas que vejo pipocando as redes sociais sobre isso, vejo que ainda há muito trabalho a fazer.
Inclusive, vi um approach interessante outro dia lendo um livro sobre Value Investing: o autor é 100% investido em ações (EUA), e não coloca um centavo em renda fixa. Porém, sabendo da natureza do stock market, ele mantém no mínimo 3 anos (anos! não meses!) de custo de vida num misto de caixa e um tesouro selic de lá.
Interessante, né? Parece que ele levou o velho “modelo haltere” do Nassim Taleb ao extremo e colocou o seguro no seguro mesmo.
Ótimo post como sempre.
Abraços e seguimos em frente!
Pinguim Investidor
https://pinguiminvestidor.com
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Fala, Pinguim!
Obrigado pelo comentário.
Realmente, três anos de RE é uma senhora reserva. Eu pretendo fazer algo similar um dia, quando o patrimônio estiver maior. Tendo uma boa reserva e um patrimônio diversificado, os riscos já ficam bem diluídos.
Abraço e assim que der passo lá no seu blog. Sei que estou devendo!
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