Saudações!
O livro de hoje é Moneyball – O Homem que Mudou o Jogo, de Michael Lewis. O autor também escreveu outras obras famosas como Flash Boys e A Grande Aposta.
Neste livro, Lewis conta a história de Billy Beane, o gerente geral do Oakland Athletics, time de beisebol que faz parte da MLB, a liga profissional norte-americana. Beane foi responsável por fazer um time de pequeno orçamento ter sucesso nas grandes ligas, batendo adversários com muito mais poderio financeiro. E como a MLB é uma liga onde não existe teto salarial e cada time pode gastar quanto quiser com seus jogadores, ter muito dinheiro costumava fazer diferença.
E como ele fez isso? Usando as estatísticas.
O beisebol, apesar de ser um esporte coletivo, tem muitas ações individuais, permitindo que seja possível descobrir de forma muito satisfatória o impacto que cada jogador tem nas vitórias e derrotas do time. E Beane fez isso usando as estatísticas para descobrir quantos pontos ele precisava marcar na temporada para se classificar ao playoffs, e onde obter esses pontos pagando menos por eles. Dessa forma, ele foi atrás de jogadores rejeitados por outros times da liga, mas que entregavam o valor que ele precisava para conseguir vitórias, e por um custo muito baixo.
Hoje em dia, essa estratégia se popularizou, e em quase todo esporte profissional as estatísticas são levadas muito mais a sério.
Abaixo, alguns trechos do livro:
Pouco tempo atrás, no naufrágio de um navio da Califórnia, um dos passageiros afivelou a si um cinto que pesava mais de noventa quilos de ouro, com o qual mais tarde foi encontrado no fundo do mar. Ora, enquanto afundava, era ele quem possuía o ouro ou era o ouro que o possuía? — John Ruskin, Unto This Last
A quem os deuses querem destruir eles primeiro chamam de promissor. — Cyril Connolly, Enemies of Promise
O mais difícil — explica Billy — é que é necessário um certo orgulho, ou falta de orgulho, para fazer a coisa direito.
Quando a gente para de querer imaginar o que os outros vão pensar, a gente se sai melhor.
“Toda forma de força é também uma forma de fraqueza”, escreveu certa vez. “Garotas bonitas tendem a ser insuportáveis porque, sendo bonitas, seus defeitos são tolerados demais. Os bens materiais prendem os homens e a riqueza os paralisa. Aprendi a escrever porque sou daqueles que não conseguem dominar as formas usuais de comunicação por meio de gestos e sorrisos e precisam de palavras para transmitir coisas que outros nunca precisariam dizer.”
O primeiro ensaio propriamente dito de James foi a amostra inicial de uma carreira literária surpreendente. Ele deixou de fazer apenas uma pergunta, mas ela ressoava nas entrelinhas: se era possível ocorrerem erros de cálculo grosseiros na avaliação de um indivíduo num campo de beisebol, perante um público de trinta mil espectadores ao vivo e outros milhões de telespectadores, o que isso significava para a mensuração do desempenho profissional em outras atividades? Se era possível subestimar ou superestimar jogadores profissionais de beisebol, quem escaparia?
O beisebol mantém uma grande quantidade de registros, as pessoas falam muito, discutem muito e pensam muito sobre eles. Por que ninguém os utiliza? Por que, diante desta ou daquela discordância, ninguém chega e diz, “Prove”?
“Os técnicos tendem a adotar uma estratégia com menos probabilidade de falhar do que uma estratégia com maior grau de eficiência”, disse Palmer. “O ônus de fazer feio é pior do que o bônus de fazer a melhor jogada.” Palmer escrevera um livro nos anos 1960 apontando tudo isso.
“O beisebol é uma telenovela que se presta ao pensamento probabilístico”, foi como Dick Cramer definiu esse prazer.
Nas duas áreas, as pessoas operam com crenças e tendências. Na medida em que consegue eliminá-las e substituí-las por dados, você obtém uma nítida vantagem. Muitos acham que são mais espertos do que outros no mercado de ações e que o próprio mercado não tem uma inteligência intrínseca — como se fosse inerte. Muitos acham que são mais espertos do que outros no beisebol e que o jogo em campo é simplesmente o que eles pensam, com seu conjunto de imagens / crenças. Os dados reais do mercado significam mais do que a crença / percepção individual. O mesmo vale para o beisebol.
“Penso, de verdade, que uma razão para tanta gente inteligente se afastar do beisebol (chegando à idade adulta) é que, se você se importa minimamente com o esporte, tem de reconhecer, tão logo adquira gosto pelo pensamento independente, que uma grande parte do conhecimento tradicional em beisebol não passa de uma lenga-lenga ridícula.”
Se você desafiar o saber convencional, encontrará maneiras muito melhores de fazer as coisas em comparação ao que se faz hoje.
A incapacidade de visualizar certo tipo de pessoa fazendo certo tipo de coisa porque nunca se viu alguém assim fazendo isso antes não é apenas um mau hábito. É um luxo. O que começa como falha da imaginação acaba sendo uma ineficiência do mercado: quando se exclui de determinada função uma categoria inteira de pessoas só com base na aparência delas, diminuem-se as probabilidades de encontrar os melhores para aquela função.
O objetivo da direção do Athletics era apenas minimizar os riscos. A solução não era perfeita, era apenas melhor do que a alternativa antiga, a de tomar decisões baseadas na intuição.
Ou, como disse Paul: “A variação entre os melhores e os piores defensores é muito menor no resultado de uma partida do que a variação entre os melhores e os piores rebatedores.” O mercado como um todo não percebia isso e assim colocava nas habilidades defensivas preços mais altos do que devia.
— É olhar mais o processo do que os resultados — explica Paul. — Muita gente toma decisões com base nos resultados e não no processo.
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