Saudações!
Quem mora de aluguel, como eu, sabe que dá um friozinho na barriga quando chega a época do reajuste das mensalidades. A gente nunca sabe o que o dono da casa vai pedir. O frio na barriga aumenta quando IGPM está alto.
Entretanto, IGPM alto, também conhecido como a inflação do aluguel, não significa que todos os locadores vão reajustar o valor do aluguel. E também é válido dizer que um IGPM baixo ou negativo não significa descontos ou reajustes menores nos alugueis. Cada locador sabe da sua realidade, assim como cada inquilino sabe quanto pode pagar. O que de fato sempre acontece é negociação: o locador propõe um reajuste, o inquilino manda uma contraproposta. Se os dois entrarem em acordo, ótimo. Senão, nada impede que o locatário procure outro lugar para morar.
Aqui posso dar meu exemplo pessoal: desde que sai da casa dos meus pais, já passei por três renovações/reajustes de aluguel: em uma vez, tive um desconto no valor, e nas outras duas, o valor foi mantido. Enquanto isso, o IGPM acumulado foi de 21,63%, segundo a calculadora do cidadão do Banco Central. Como eu disse, cada locador conhece sua realidade. Eles preferiram manter ou reduzir o valor do que perder o inquilino e ficar com o imóvel vazio, até encontrar novo interessado. Inclusive essa é uma decisão inteligente, como explico no meu livro Tijolos.
Para mim também foi muito bom, já que não tive aumento, com o aceite da proposta, economizei as despesas que teria com mudança. É uma win-win situation.
Vale o mesmo para o IPCA: os números oficiais são baseados em uma lista determinada de produtos e serviços, não necessariamente você consome aqueles produtos ou aqueles serviços no seu dia a dia. Com isso, sua inflação pessoal pode ser maior ou menor que a oficial.
Só devemos considerar os indicadores como IGPM e IPCA para aqueles investimentos de renda fixa que temos, atrelados a esses índices. É o único local onde o indicador oficial realmente impacta na sua vida, já que ele compõe uma parte da taxa de juros pactuada na contratação daquele investimento.
No resto da sua vida, como aluguel e alimentação, os índices oficiais devem ser tomados apenas como um norte, mas jamais a ferro e fogo, como se tudo que você usa ou consome fosse reajustado por esses valores.
Na prática, a teoria é outra, já diria o filósofo.
Sugestão de leitura
Como estamos falando basicamente de inflação, aqui vai um livro sobre o impacto dela nas taxas de desemprego: Desemprego e Política Monetária, do F. A. Hayek. O livro está disponível na Amazon, no link abaixo:
DESEMPREGO E POLÍTICA MONETÁRIA – F.A. HAYEK

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